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segunda-feira, 7 de março de 2011

Para o trovador Nenguinha, outras homenagens


DE TODOS OS CANTOS  CHEGAM AS HOMENAGENS.

Todos reconhecem a grandeza do poeta Nenguinha
O Vale do Jequitinhonha está mais triste com a partida de mais um de seus importantes artistas.


“Suas canções ficarão para sempre na memória de todos nós, sua alegria e amor pela cultura nos incentivarão a prosseguir.

O seu sobrinho Marculino Figueiredo, poeta e contador de causos, nos brinda em seu texto “O dia da Viagem” com um pouco da história e vida de Nenguinha.
Cantador, repentista, contador de “causos”, tocador de viola, compositor, pesquisador e escritor. Assim posso tentar começar a definir Geovane Antunes de Figueiredo, o Poeta do Vale, do rico Vale do Jequitinhonha! Quando escreveu o livro Causos de Beira de Fogo, ele já tinha no seu “embornal” de obras, várias canções interpretadas por grandes artistas brasileiros. Geovane, seu Nenga ou simplesmente Nenguinha, não era poeta de hora extra nem um repentista de por acaso, era um inventor de poemas, um fabricante de versos, com rimas mastigadinhas do nascer ao por do Sol, todos os dias e em todos os lugares. Às vezes até, deixava esparramado por onde passava, com certo desmantelo de por querer, pedaços da sua alegria poética e da sua simplicidade de anjo, exigindo em troca apenas sorrisos sinceros, colheita rara hoje em dia. No garimpar da sua memória enciclopédica, costumava nos brindar com descobertas encobertas pelo tempo ou pela nossa ignorância, coisas de quem viveu e viu, de quem olhou e enxergou, ouviu, entendeu e aprendeu.

Ahh… Meu amigo Nenguinha… Por que você não nos avisou que viajaria pra longe? Por que não fez um sinal de fumaça, um piscar de olho, um levantar de pestana? Talvez eu esteja enganado e você tenha feito. É… Com certeza você estava nos avisando há mais tempo. Mas nós, cá no nosso mundo de ocupados não tivemos o desvelo de ler nas entrelinhas. Que pecado! Quanta coisa boa ainda havia para aprender.
No gorgolejar de um “causo” e outro, no salivar de cada verso trabalhado com minúcia e zelo, o poeta sem recursos e sem cursos mostrou que se a vida é escola, o tempo é professor e calejado pelas dificuldades que essa escola lhe impôs, ele soube ouvir com destreza os ensinamentos do professor e não envelheceu como envelhecem os pobres de espírito, não se entregou como se entregam os de alma fraca, o poeta partiu, com um verso na boca e um sorriso nos olhos, não por ter se cansado ou por simples desistência, não senhor, ele foi chamado a brilhar no oriente eterno.
Quando a poeira assentar, quando as lágrimas secarem, nós vamos, com tempo, abrir esse baú de sabedoria e dizer quem foi realmente esse poeta de coração puro e sorriso largo, que conhecia o amor incondicional da esposa que sempre esteve ao seu lado; que silenciosamente, entre um dedilhado e outro se confidenciava com a viola, amiga e namorada; sabia a importância de dar valor às coisas simples, para viver feliz sem mágoas do anteontem nem medo do amanhã.

Vá com Deus, Tio Nenguinha!

Marculino Figueiredo.


É do poeta Gonzaga Medeiros os versos em homenagem ao poeta que se foi:

“É verdade! Tudo verdade! Uma perda e tanto para a cultura do Jequitinhonha-Minas-Brasil. Fiquei sabendo ontem à noite por Edson Pinheiro de Almenara. Que Deus guarde bem guardadinho nosso Nenguinha, um anelinho feito do ouro das melhores tradicões da nossa cultura brasileira.

O VALEMAIS, quando for realizar a oficina do projeto JEQUITINHONHA CULTURAL em Jordânia, poderá fazer uma homenagem ao nosso grande Nenga. Até lá!”

Com apoio do Onhas.com Blog.

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