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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Turismo Solidário no Vale do Jequitinhonha

Programa permite que o turista conheça as riquezas naturais e humanas da região hospendando-se na casa de moradores e compartilhando com eles o dia-a-dia.




Pode soar estranho falar em turismo logo após o fim das férias de julho. Mas se há uma característica que define o turismo solidário é fugir do convencional. Em vez de hoteis ou pousadas, o viajante se hospeda na casa de moradores e compartilha a mesa e as receitas do dia-a-dia dos nativos. “Faz parte dos preceitos do turismo solidário que a família receptora não mude em nada sua rotina. Se ela come arroz, feijão, uma carne e uma folha no almoço é isso que deve ser servido”, diz Maiara Gomes, da equipe técnica do projeto Turismo Solidário, uma parceria entre os governos federal e do estado de Minas Gerais, via Secretaria Extraordinária para o Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas.

Surgido há seis anos, somente no fim do ano passado o programa passou a receber turistas. Durante o período anterior, famílias de 20 localidades pertencentes a oito municípios do Alto Jequitinhonha, onde se localizam cidades como Serro e Diamantina, foram treinadas para receber visitantes. “Quem chega não vai encontrar luxo, vai se hospedar em casas de família e invadir o território delas, no bom sentido”, diz Maiara. Os destinos são, em sua maioria diminutas comunidades rurais cheias de riquezas naturais e folclóricas, a exemplo de São João da Chapada, povoado remanescentes de quilombolas, na entrada do parque Sempre Viva, onde se pode ver o canto das pastourinhas e o soar dos tambores ancestrais.

Toma lá dá cá

Conhecer de perto a cultura de raiz local é o grande diferencial desse tipo de viagem. Por isso, além da hospedagem e de guias, o programa oferece os chamados produtos solidários, vivências de afazeres cotidianos do povo da região. Quem visita São Gonçalo do Rio das Pedras, no Distrito do Serro, por exemplo, pode aprender a fazer marmelada e goiabada com doceiras. Nas comunidades rurais na região de Turmalina é possível aprender a fazer as afamadas bonecas de barro do Vale do Jequitinhonha. Em São Gonçalo do Rio Preto, o Seu Rufino mostra como funciona o plantio e a colheita do café, o visitante ajuda nas atividades do dia e depois degusta o cafezinho preto acompanhado de quitandas.



A contrapartida para tantas experiências deliciosas é que o turista deixe algo de bom para a comunidade. Assim, quem é médico pode fazer uma palestra sobre verminose, por exemplo. Um dentista pode aproveitar o consultório odontológico para fazer alguns atendimentos. “No feriado de 12 de outubro, 35 visitantes de uma universidade no Espírito Santo vão levar para as comunidades quatro oficinas, como de papel reciclado e pães integrais”, diz Maiara. Outro exemplo é o de turistas franceses que deram deram aulas de língua para habitantes de Mendanha. “Há crianças que já arranham o francês”, diz Maiara. Ela também conta que outra turista ensinou às doceiras a fazer geleias francesas com frutas locais e, em troca, aprendeu a fazer doces com frutas do Cerrado.



Uma aula de língua aqui, o feitio de um doce acolá. No fim, o que o turista solidário leva da viagem é a oportunidade de viver em uma nova cultura, experimentar, mesmo que por alguns dias, uma vida diferente. “Muita gente acha que o Vale do Jequitinhonha só tem pobreza e miséria. Ao chegar, encontram uma realidade difícil, mas pessoas íntegras, inteligentes e que conhecem a fundo a comunidade”, conta Maiara. Os moradores se sentem valorizados quando o turista chega e quer saber a história do lugar, quer aprender como se mata a galinha, se prepara o café, se torna o barro. Interessa-se por aquilo que o habitante local achava que era pouco. Quando o turista vai embora, muitos anfitriões ficam tristes. Mas eles podem se acalmar, que se tudo der certo com o projeto cada vez será mais e mais gente a querer visitá-los.

Agende sua viagem:

No site do programa Turismo Solidário, você encontra sugestões de roteiros com fotos dos anfitriões e de suas casas e informações sobre as localidades. Envie um email e os atendentes da Central de Reservas irão contactá-lo para elaborar o melhor roteiro. As diárias variam de 25 a 35 reais com café da manhã.

Publicação : Blog do Governo de Minas Gerais

MENSAGEM DA SEMANA...

SOMOS PESSOAS EXCLUSIVAS, ATÉ MESMO NOS DEFEITOS...Até mesmo as rosas têm espinhos, por mais lindas que sejam. Assim também acontece com você e comigo. Se você puder conviver com os espinhos das pessoas que ama, conseguirá ser recompensada pelos méritos que só elas têm e mais ninguém!!! (autor Desc.)