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domingo, 16 de outubro de 2011

Nova espécie de anfíbio é encontrada no Vale do Jequitinhonha



Descoberta é importante para conservação de anfíbios na Serra do Espinhaço


Pesquisadores identificaram uma espécie de anfíbio ainda desconhecida pela ciência no Parque Estadual do Pico do Itambé, no município de Santo Antonio Itambé, na região do Alto Jequitinhonha, em Minas Gerais. O registro foi feito por pesquisadores do Instituto Biotrópicos que encontraram a espécie, ainda sem identificação, apenas em altitudes superiores a 1,9 mil metros.


A bióloga Izabela Barata, responsável pela pesquisa, afirma que os indivíduos da nova espécie foram encontrados dentro de bromélias, plantas que conseguem armazenar água até mesmo durante a estação seca. “Os anfíbios são extremamente dependentes da água porque, além de terem uma pele muito fina, os ovos e os girinos completam seu desenvolvimento onde há água disponível”, afirma. “O que mais surpreende é que até o momento a espécie só foi registrada na área mais alta do parque, próxima ao Pico, e encontrada em uma única espécie de bromélia”, completa.

Izabela Barata explica que a prioridade, no momento, é a descrição e reconhecimento da espécie, pois só assim será possível apontar as prioridades e ações para sua conservação. “Espécies com hábitat restrito e com ocorrência em áreas mais elevadas, como a do novo anfíbio do Pico do Itambé, podem ser as primeiras a sentir os efeitos e conseqüências do aquecimento global”, alerta.


O Parque Estadual do Pico do Itambé está inserido na Serra do Espinhaço, abrigando um dos marcos referenciais do Estado, o Pico do Itambé, com 2002 metros de altitude. A unidade de conservação é administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), entidade que integra o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), possui 4.696 hectares de área e está inserido nos municípios de Santo Antônio do Itambé, Serro e Serra Azul de Minas.


A unidade de conservação protege nascentes e cabeceiras de rios das bacias do Jequitinhonha e Doce. Sua cobertura vegetal é composta de campos rupestres de altitude e cerrado que abriga uma fauna rica que relaciona-se com a diversidade florística e com os recursos hídricos.


O registro da nova espécie é parte dos resultados do convênio entre o Instituto Biotrópicos e o IEF, que tem por objetivo investigar a biodiversidade de duas áreas prioritárias em Minas Gerais. As pesquisas no Parque Estadual do Pico do Itambé continuam até o final do ano.


Fonte: Agência de Minas e IEF

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