Compensa viajar 12 horas de Belo Horizonte até o Vale do Jequitinhonha, a bordo de um ônibus fretado. “Vamos colher os frutos das sementes que plantamos”, explica Valdete da Silva Cordeiro, líder das Meninas de Sinhá. Dedicado às cantigas de roda, o grupo de senhoras está de volta à região mais pobre do estado para nova rodada de atividades socioculturais.
Depois de passar por Jacinto, Santo Antônio do Jacinto e Almenara, elas chegam este domingo a Joaíma. Além da apresentação musical, haverá cortejo, dinâmica com crianças, adolescentes e idosos, além de reuniões para discutir os direitos da mulher. “Muitas acabam se esquecendo de que são seres humanos”, garante dona Valdete, citando o duro cotidiano dessas sobrecarregadas mães de família, dedicadas à luta pela sobrevivência e aos cuidados com marido e filhos.
As 33 integrantes do grupo, que têm de 40 a 90 anos, costumam sentir joelhos e pernas doloridos durante as atividades. “Mas é só começar a cantar que a dor some. Parece que baixa um espírito de criança na gente”, revela Valdete. Além de colecionarem prêmios (Cultura Viva, Rival Petrobras de Música, TIM e Natura Musical), as Meninas de Sinhá se tornaram tema de mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais. Thaís Gil Nogueira e Ana Maria de Oliveira Galvão são autoras de dissertações sobre elas.
MENINAS NO VALE
• Janeiro
Joaíma (domingo 24/01)
• Fevereiro
Carbonita (dias 25 e 26)
• Março
Araçuaí e Virgem da
Lapa (datas a serem agendadas)
Fonte : Uai Mnas
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